Um despertar para a vida
No entanto, enquanto tanto isso sucede, a maioria dos seres humanos percebem somente as formas exteriores sem tomar consciência de sua essência interior, da mesma maneira que não reconhecem sua própria essência e se limitam a se identificar somente com sua forma física.
Uma pessoa com um mínimo grau de presença pode sentir ocasionalmente, que nessa forma existe algo mais que uma simples existência física, ainda sem compreender a razão pela qual se sente atraída e percebe uma certa afinidade por ela.
Devido a sua natureza etérea essa forma oculta, menos o espírito interior, que outras formas de vida. Quando contemplamos um cristal, uma flor, uma ave, um bebê sem dizer seus nomes mentalmente, se converte em uma janela no mundo da informação. Podemos vislumbrar algo do mundo do espírito. Estas formas “iluminadas” de vida tem desempenhado um papel tão importante na evolução da consciência humana desde a antiguidade; é por isso que a flor de Lotus é um símbolo central do budismo e a pomba, a ave branca, representa ao espírito santo no cristianismo. Têm vindo abonando o terreno para uma troca mais profunda da consciência planetária, a qual deve se manifestar na consciência humana. É o despertar espiritual que começamos a presenciar agora.
Está completa a humanidade para uma transformação da consciência, um florescimento interior tão radical e profundo que a florescência das plantas, com toda sua formosura, seja apenas um reflexo pálido?
Poderiam os seres humanos perder sua densidade das estruturas mentais condicionadas e chegar a ser o mesmo que os cristais ou as pedras preciosas transparentes à luz da consciência?
Poderiam desafiar a força da gravidade do materialismo e a materialidade para se elevar por cima da forma cuja identidade mantém o ego em seu lugar e os condena a viver prisioneiros dentro de sua personalidade?
A possibilidade dessa transformação é o tema central do primeiro grau filosófico da maçonaria tomada dos grandes sábios da humanidade. Os mensageiros como Rama, Krishna, Hermes Trimegisto, Moisés, Orfeu, Pitágoras, Jesus, Buda, Lao Tsé, Confúcio, foram as primeiras flores da humanidade. Foram os precursores, uns seres especiais e maravilhosos. Em sua época não era possível, no entanto, um florescimento generalizado e sua mensagem foi distorcido ou mal compreendido. Não transformamos o comportamento humano salvo em várias pessoas.
Está mais preparada a humanidade agora que na época dos primeiros mestres? A maçonaria está empenhada em propiciar e acelerar esta mudança interior que deve caracterizar um novo estado de consciência com sinais que permitam reconhecer o surgimento da nova consciência por um caminho ao despertar, até a liberdade. Muitos não estão preparados, entretanto, para começar por este caminho, mas a medida de que alguém vá despertando se amplifica ao ímpeto da consciência coletiva para os demais. Basta um deslumbramento para iniciar o processo, que é irreversível.
Eduardo Ramírez Garza
Fonte: www.diariomaconico.com/opiniao/despertar-vida-espiritua/
Tradução livre por: Juarez de Oliveira Castro.