KOINONIA MAÇÔNICA
No artigo da semana passada (993 – Metanoia Maçônica), (clique aqui para ler), tratamos da necessidade, em nossos estudos maçônicos, de adotarmos a postura da mudança de ações e pensamentos preestabelecidos, a fim de vivenciarmos ou enxergarmos o novo.
É uma postura individual e individualista, a qual visa ao eterno aprendizado, ou seja, aprendermos sempre algo novo. No entanto, há um paradoxo! Vivemos em uma Irmandade, logo não deve haver lugar para o individualismo.
Verdade! O valor de um grupo deve ser maior que a somatória das partes, e isso acontece quando vencemos paixões pessoais, subjugamos vontades individuais e trabalhamos para o progresso coletivo.
Portanto, a procura do aprendizado não é tudo. Nesse sentido, pertence à poetisa Cora Coralina a sublime instrução: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.
Essa é, pois, a síntese da Koinonia. Nos estudos teológicos, compreendemos Koinonia como a Comunhão do povo Cristão com Deus. Para nós, porém, devemos resgatar o sentido do koinós – que significa “ter ou ser parte comum em algo”, “participação mútua”, “contribuição coletiva”, “compartilhamento afetivo” – e vivenciarmos o Grau mais importante da Maçonaria: o de Companheiro.
A Koinonia Maçônica é o aprender e compartilhar, vivenciar os valores de companheirismo. Se tiver fome, coma e dê de comer; se tiver sede, beba e dê de beber; se deseja crescer, cresça e ajude a crescer.
A Maçonaria pode ser uma Instituição, uma Ordem ou vários outros substantivos e pronomes. Todavia, só cumprirá sua missão quando nós a transformarmos em verbo.
Usando a força da alegoria, visualizemos uma Loja como um relógio. Temos várias engrenagens de tamanhos diferentes (cargos), mas todas com dentes (arestas). E para que haja perfeição e sincronismo, o giro é composto por três rodas, que marcam as horas, os minutos e os segundos (Mestre, Companheiro e Aprendiz).
O mecanismo de cada uma dessas partes funciona por conta da sinergia entre três peças: engrenagem, pinhão e eixo (sabedoria, força e beleza). Nenhuma peça é mais importante que outra. Isso porque a falta de qualquer uma delas resulta na imperfeição dos trabalhos.
Dessa forma, não importa o Grau, o Cargo ou o Título pelo qual o membro seja reconhecido. Precisamos despertar e desenvolver o sentimento de pertencimento ao grupo em cada Obreiro. É a chamada comunhão de ideias e ações que provoca o estreitamento dos Laços de Amizade que nos unem como verdadeiros companheiros de jornada.
A palavra companheiro tem origem no latim companis, que significa “compartilhar o pão”. Nossa Koinonia é, assim, ter ou ser parte nos projetos da Loja, é a participação mútua no aprendizado, a contribuição ao desenvolvimento coletivo e, sobretudo, praticarmos o compartilhamento afetivo.
IMPORTANTE É ESTARMOS EM ETERNO APRENDIZADO,
PORÉM, MUITO MAIS, É SERMOS ETERNOS COMPANHEIROS.
2024, há 18 anos compartilho instruções maçônicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permaneço neste propósito para provocar a reflexão dos Obreiros sobre nossa Ordem. São visões pessoais, não são verdades absolutas, questione sempre o que lê. A verdade é aquilo que conseguimos vivenciar.
Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Mestre de Cerimônias - PR25 2024/2026
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
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Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.