DOXA É O QUE NÃO NOS CABE EM 2025

No artigo anterior 1.012 – Episteme, para construir um 2025 de sucesso –, fizemos o seguinte alerta: não nos cabe estar na Maçonaria, é necessário sermos Maçons. Não podemos, assim, ter simples opiniões de tudo o que nos envolve – o que chamamos de Doxa.

Talvez tenha passado apenas como uma simples observação, mas isso é, de fato, um aviso.

Doxa é o oposto de Episteme. Conforme explicado, episteme é o conhecimento verdadeiro, adquirido e baseado na realidade concreta de fatos e elementos que possam ser experimentados e comprovados.

Em âmbito filosófico, Doxa é um conjunto de posicionamentos que adotamos, baseados em percepções pessoais, bagagem cultural, tendências filosóficas, religiosidade e passionalidade de interesses.

Em determinadas situações, visualizamos o que nos é apresentado como verdade óbvia, ou a chamada “evidência natural”, mas que não passa de uma crença.

O TERMO MAÇÔNICO PARA DOXA É ACHISMO.

Por conta da atual tecnologia, em que o acesso a conteúdos maçônicos ocorre em segundos e nas mais variadas linhas de pensamento, devemos desenvolver a postura de não acharmos nada e também entender que não precisamos ter opinião sobre tudo.

Primaz é entendermos, aprendermos e compreendermos quatro aspectos que se interligam, contudo são inteiramente independentes: Maçonaria, Ritos, Rituais e Maçons.

Vamos a exemplos práticos:

O que “sustenta” a Maçonaria são os Landmarks.
No entanto são os 25 de Albert G. Mackey ou os cinco de Albert Pike?

Há Ritos que pregoam que a cor do avental é azul; outros, que é vermelho.
Se o que você usa é o certo, então vários Irmãos estão errados?

O seu Ritual prescreve que a caminhada é feita no sentido horário.
Quando, em visita, houver o movimento anti-horário, você “ides ou vindes”?

Maçons são todos iguais.
Na sua Loja, todos os Obreiros estão sempre à disposição para trabalhar e praticam corretamente o Uso da Palavra?

O que devemos, pois, entender, aprender e compreender é que a nossa universalidade pétrea só é real e concreta em três aspectos: Fraternidade, defesa da Moral e enlevo Ético. Tudo o mais são detalhes, características, normas e procedimentos em que não cabem o EU ACHO e ESTA É MINHA OPINIÃO FINAL.

As diferenças são enriquecedoras fora do olhar crítico e comparador. Irmão é Irmão se como tal ele se comporta, dos pontos de vista moral e ético, indiferentemente de Potência, alfaias ou Coluna onde se assenta.

Ademais, já alertamos que ninguém deve ser um eterno aprendiz e que devemos, sim, estar em eterno aprendizado.

Sigamos o pensamento do cantor Raul Seixas:         
                  
“Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”

Neste 19º ano de compartilhamento dos artigos dominicais, reafirmo o desejo de independente de graus, cargos ou títulos, continuar servindo os Irmãos com propostas para o Quarto-de-Hora-de-Estudo. Uma lauda para leitura em 5 minutos e 10 minutos para as devidas complementações e salutares questionamentos.
O exíguo tempo é um exercício de objetividade e pragmatismo que visa otimizar os trabalhos e cumprir integralmente o ritual.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Mestre de Cerimônias - ARLS PR25  2024/2026
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.