Considerações sobre a Maçonaria
A Maçonaria proclama, como sempre proclamou, desde sua origem, a existência de um PRINCÍPIO CRIADOR, sob a denominação de GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO.
O homem nasce livre, o homem quer ser livre. Onde existe a escravidão e a dependência, o homem não se valoriza, ela não impõe nenhum limite à livre investigação da verdade e é para garantia a todos essa liberdade que ela exige de todos a maior tolerância, sendo portanto, acessível aos homens de todas as classes e de todas as crenças religiosas e políticas.
A liberdade de manifestação dentro das lojas é assegurada plenamente, mas é proibido em suas oficinas, toda e qualquer discussão sobre matéria política e religiosa.
Recebe profanos desde que livres e de bons costumes. Liberdade não pode confundir-se com libertinagem e bons costumes, com atitudes apáticas e neutras. O homem que se limita aos comportamento comum, preocupado em contentar a todos, e que busque atitudes acomodadas, jamais será considerado de bons costumes. O bom costume, é o bom hábito, é a atitude positiva e construtiva.
A Maçonaria não compactua com omissões, mas exige definições. Ela tem por fim combater a ignorância em todas as suas modalidades; é uma escola que impõe este programa: Obedecer as leis do País; viver segundo os ditames da honra; praticar a Justiça; amar ao próximo; trabalhar incessantemente pela felicidade do gênero humano e conseguir sua emancipação progressiva e pacífica.
O combate à ignorância, ainda, é tarefa ingente e que não pode ser concluída tão cedo, mormente em nosso País onde há tradições superadas que se preocupam em desmintir até princípios morais, para impor uma única religião.
O analfabetismo, o desamor à leitura, às artes, ao convívio social, são impecilhos tremendos para vencer a ignorância. O comodismo do povo, aliado ao egoísmo, por outro lado, são atitudes que conservam a ignorância.
A grande luta que preocupa a Maçonaria, na realidade, é o combate à ignorância, praticar a Justiça; amar o próximo; trabalhar incessantemente pela felicidade do gênero humano e conseguir sua emancipação progressiva e pacífica, são atitudes externas e que visam a pessoa humana dentro da célula social. Contudo, embora de forma intrínsica e oculta, há a preocupação da Maçonaria de atingir aspectos mais profundos: a evolução espiritual dentro de uma programação intelectual e religiosa, para que o homem não perca a fé em seu Criador.
Aquele para quem a religião é o supremo consolo, a Maçonaria diz: cultiva, sem cessar, tua religião; segue as aspirações de tua consciência; a Maçonaria não é uma religião, não tem culto; sua doutrina condensa-se nesta máxima: Ama a teu próximo.
Aquele que, com razão, teme as discussões político-partidária, a Maçonaria diz: eu condeno qualquer debate, qualquer discussão político-partidária em minhas reuniões; serve, fiel e devotamento à tua Pátria e não te pedirei contas do teu credo político.
O amor da Pátria é perfeitamente compatível com a prática de todas as virtudes: minha moral é a mais pura, pois, funda-se sobre as primeiras das virtudes: a Solidariedade Humana.
Marco Antonio Ferreira Pinto