ADULTIFICAÇÃO MAÇÔNICA

Entre os dois grandes eventos de nossa existência terrena – nascimento e morte –, passamos por quatro estágios na vida: infância (nas suas três etapas), adolescência, fase adulta e velhice.

Já se deram conta de que, em nossa “existência maçônica”, também passamos por quatro estágios: profano/candidato/neófito, aprendiz, companheiro e mestre?

Tracemos, então, paralelos alegóricos. A infância é o período em que temos pouco ou nenhum conhecimento sobre algo. Em contrapartida, nutrimos uma imensa curiosidade. Nossos olhos ou ainda estão fechados ou tampados por vendas das vagas ilusões; nossas pernas, ainda não bem fortalecidas, fazem-nos sentir os caminhos como tortuosos, e devemos confiar nas mãos e na voz paternal a nos guiar.

Assim, vencemos essa primeira etapa e começamos a aprender. Muitas vezes, não sabemos ler nem escrever, mas é essencial ver e ouvir, uma vez que assimilamos mais pela observação da prática e das condutas do que pelas letras dos rituais. Estamos em plena força e vigor.

Advindo do próprio passar do tempo e da experiência adquirida, seja pela conscientização da instrução, seja pela cópia do bom modelo, começamos a compartilhar. Seria a adolescência maçônica. Com toda a beleza que sustenta essa fase da vida, é o mais significativo dos graus da Maçonaria. Isso porque nossos sentidos estão à flor da pele, e devemos neles confiar como os mais sábios conselheiros.

Chega, então, a Exaltação, a nos recordar que, na mocidade, não nos lembramos devidamente do Criador. São os tempos difíceis da velhice. Alguns poderão dizer que não têm mais satisfação em seus dias e que tudo está errado.

Esta instrução, porém, não tem propósito depreciativo ou depressivo. A plenitude maçônica, ou o Mestrado Maçônico, está na compreensão do Salmo 39, versículos 4 e 5:

“Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias,
para que eu reconheça a minha fragilidade.
Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos;
à tua presença, o prazo da minha vida é nada.
Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade.”

Cientes e conscientes dessas realidades, indiferentemente de idades biológicas, idades maçônicas, graus, cargos e títulos, todos nós devemos nos atentar à ADULTIFICAÇÃO MAÇÔNICA.

Nossa adultificação é um processo constante de amadurecimento em nossas relações pessoais, fraternas e institucionais, visando ao autoconhecimento e às responsabilidades inerentes ao cumprimento dos juramentos feitos.

Alheios a quaisquer marcadores, tornar-se adulto é amadurecer. É lembrar-se com saudade das experiências puras e marcantes da iniciação exordial. Do vigor e da alvura do avental, o qual orgulhosamente trajávamos na Coluna do Norte.

Das amizades e do despertar da espiritualidade, quando praticamos o companheirismo; da real plenitude dos direitos, na obrigação de se colocar, de modo consciente, à disposição para a concretização dos nossos Sãos Princípios e dos deveres assumidos.

A MATURIDADE DA FRUTA NÃO ESTÁ EM SUA POLPA,
MAS NO PODER DE GERMINAÇÃO DE SUA SEMENTE
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2024, há 18 anos compartilho instruções maçônicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permaneço neste propósito para provocar a reflexão dos Obreiros sobre nossa Ordem. São visões pessoais, não são verdades absolutas, questione sempre o que lê. A verdade é aquilo que conseguimos vivenciar.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!
Fraternalmente

Sérgio Quirino
Grão-Mestre - GLMMG 2021/2024
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
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