A IMPORTÂNCIA DOS LANDMARKS

Na antiguidade, um Landmark era uma “marca” (mark) na terra (land). É o que hoje chamamos de piquetes. Esses “piquetes” eram monolitos com gravações que descreviam sua função ou, às vezes, também eram valas ou simples montes de pedras.

Eles determinavam, assim, os limites de uma propriedade. Na Maçonaria, os Landmarks são regras que NORTEIAM, mas não podemos dizer que REGEM.

Contudo qual seria a diferença? Reger é comandar, governar baseado no que é prescrito pela regra. Nortear, por sua vez, é inspirar-se, ter como norte o indicado na regra.

É fácil entender quando não podemos afirmar quantos e quais são os melhores ou os mais corretos Landmarks. Talvez poucos tenham conhecimento, mas a lista dos 25 Landmarks de Mackey, adotados pela Maçonaria Brasileira, não são universais. Há Potências estrangeiras que adotam listas com bem menos, e outras, com bem mais.

Ademais, Usos, Costumes, Leis Civis e até tradições tornaram-se “Leis Imutáveis” nas Potências Maçônicas, e mesmo tal imutabilidade é questionável, tendo em vista algumas adequações à realidade do momento.

Houve época em que só adentravam no Templo, Maçons e profanos que seriam iniciados. Hoje dificilmente há alguma Loja que não tenha promovido uma Sessão Pública.

O que precisamos compreender, portanto, é que os Landmarks de Mackey, adotados pela Ordem Maçônica, não são limites, no sentido da limitação restritiva. São referências para um posicionamento, além de balizadores para questões pouco comuns no dia a dia, bem como fontes de interessantes intercâmbios, como, por exemplo, o 25º.

Salvo melhor juízo, ele teve influência do Livro da Lei, pois em Provérbios, Capítulo 22, versículo 28, encontramos: “Não removas os antigos limites que teus pais fizeram”. E ainda sentencia: “Maldito aquele que remover os limites do seu próximo. E todo o povo dirá: Que assim seja!” (Deuteronômio 27:17).

Albert Pike sintetizou os Landmarks da Maçonaria em apenas cinco:

A necessidade de os Maçons reunirem-se em Lojas;
O governo de cada Loja por um Venerável Mestre e dois Vigilantes;
A crença no Grande Arquiteto do Universo e numa vida futura;
A cobertura dos trabalhos da Loja;
A proibição da divulgação dos segredos da Maçonaria, ou seja, o sigilo maçônico.

A FIM DE ENTENDERMOS A IMPORTÂNCIA DOS LANDMARKS, PRECISAMOS FAZER UMA ANALOGIA COM UM MURO A SER CONSTRUÍDO.

SE, POR UM LADO, ELE NOS PROTEGE DOS INIMIGOS EXTERNOS, POR OUTRO, ELE PODE RETER OS PROBLEMAS INTERNOS.

SUA ALTURA DEVE SER COMPATÍVEL PARA DETER AS TREVAS, MAS NÃO IMPEDIR A VISUALIZAÇÃO DA LUZ.

TODOS NÓS DEVEMOS TER E SEGUIR LANDMARKS, DESDE QUE ESTES NÃO SEJAM LIMITADORES DA LIBERDADE, DA IGUALDADE E DA FRATERNIDADE.

Neste ­17º ano de compartilhamento de instruções maçônicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permanecemos no nosso propósito maior de disponibilizar uma curta reflexão a ser discutida em Loja. O Ritual não pode ser delapidado. A Ritualística deve ser seguida integralmente. O Quarto-de-hora-de-estudo é fundamental em uma sessão Justa e Perfeita.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grão-Mestre - GLMMG 2021/2024
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
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Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
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