A chama de Natal.

 
O Natal está aí e, apesar de saber o que ele significa, sinto que o tempo me mostra que minha idade vai avançando e eu vou mudando com ela. 

Vejo que aquela ansiedade para que o Natal chegasse já não é a mesma da minha infância, da minha juventude, do tempo em que minhas filhotas eram pequenas.

O Natal já não é mais tão alegre como outrora.

Essa época de reunir a família e os amigos, de comemorarmos juntos a vinda de um menino que traz todo ano um punhado de fé e de esperança, acaba ficando um pouco triste, quando a gente já perdeu tantas pessoas queridas. Não estamos sozinhos, é claro, e agradecemos a Deus por termos ao nosso lado muitas pessoas que amamos. Mas é inevitável lembrar de tantas outras almas abençoadas que não estão mais aqui e que fazem falta, muita falta.

Então é preciso lembrar do Menino do qual estamos comemorando o nascimento, para não esquecer que nossos entes queridos deixaram, também, um pedacinho do coração deles para cobrir aquele pedacinho do nosso que levaram.


Mas é inevitável lembrar de tantas outras almas abençoadas que não estão mais aqui e que fazem falta, muita falta.



De maneira que, para fortalecer a chama do Natal, preciso de crianças, mais do que em outras épocas do ano.

Crianças são insubstituíveis no Natal, como se fossem a representação viva do Menino que renasce a cada ano.  Podem ser netos, sobrinhos, afilhados, podem ser apenas crianças, simplesmente. Porque com criança o Natal é mais Natal.
* Luiz Carlos Amorim.
Publicado originalmente no "Notícias do Dia".